A FESTA
“Uma homenagem aos cabarés beira-de-estrada e rebolados do terceiro mundo capitaneada pelos djs mais bagaceiras de SP. Com Madruga e Tide nas pickups a fuleragem come solta no dancing. Lambadas francesas, sonidos amazônicos, bregas marcantes e arrochas sem vergonha regados a muitas borrifadas da famosa cachaça de jambu.“
O nome da festa é uma brincadeira com o título da clássica canção de Serge Gainsbourg: Je T'aime Moi Non Plus que traduz o sentimento passional do universo brega. O trocadilho faz alusão à cultura do tecnobrega em Belém do Pará e suas festas de aparelhagem.
Além do vasto repertório paraense de carimbós, guitarradas, lambadas, bregas e tecnobregas o universo musical da festa abrangem também as músicas populares de diversas regiões do Brasil e do mundo: Ritmos caribenhos, cumbias latino-americanas, zouk, kizomba, Funaná e demais ritmos africanos dividem espaço com o pagodão baiano, o arrocha, o forró, a pisadinha, o brega funk, etc.
Com repertório musical inusitado, originalidade e ousadia, a festa passeia do som dos paredões e pacadões das periferias do mundo aos clássicos das músicas de salão e bregas tradicionais. Fuleragem, greia e sofrência são palavras-chaves para entender o universo da Je Treme Mon Amour.
A BORRIFADA DE JAMBU
O Jambu é uma planta típica do norte do Brasil, muito utilizada na culinária paraense e é responsável pela sensação de formigamento característica do Molho de Tucupí e outros pratos amazônicos. Misturada com cachaça ficou famosa na música Jamburana da cantora paraense Dona Onete. O barman e dj Madruga teve a ideia de colocar essa cachaça em um recipiente borrifador e a partir de então a criação virou uma coqueluche na festa Je Treme Mon Amour. Os frequentadores formam filas para experimentar essa exclusividade borrifada pessoalmente pelos djs na boca do público.
HISTÓRIA
Em 2014 os djs paulistanos Tide e Madruga junto com o pernambucano Zalma se uniram para criar uma festa onde pudessem apresentar suas pesquisas musicais e seu repertório inusitado para um novo público. Os amigos já vinham de experiências bem sucedidas anteriormente, Tide foi o criador da festa Guacharaca Club (2010 – 2013), uma das primeiras festas de cumbia (ritmo latino-americano) na cidade de São Paulo. Madruga apresenta a festa Kandonghê (2013 – 2014) no Mundo Pensante, especializada em música africana. Zalma trouxe do Recife a malemolência da festa Borogodá que apresentava a essência do brega pernambucano e das músicas de cabaré.
Durante o ano de 2014 os djs apresentaram a festa já denominada Je Treme Mon Amour em uma pequena e badalada casa de shows da cidade chamada Puxadinho da Vila, localizada na Vila Madalena. Naquela época eles estavam apaixonados pela cultura paraense, dj Tide já produzia remixes de clássicos do carimbó e interagia com artistas do Pará enquanto Madruga, figura carimbada em Belém, era um dos representantes não oficiais da cachaça de Jambu em SP.
A princípio a principal referência era a cultura paraense, carimbó, guitarrada, cachaça de jambu, tecnobrega, etc (de onde vem também o nome da festa, uma clara referência a tremência do jambu). Porém, o rico repertório de músicas rebolantes dos três djs deu a tônica da festa que se mantém até hoje, uma verdadeira ode aos cabarés beira-de-estrada e paredões de som do Brasil profundo. Na discotecagem impera o creme dos ritmos ultra-populares: arrocha, brega, forró, lambada, sofrência, pisadinha, cumbia, pagodão, funk, etc.
Depois de algumas edições inconstantes da festa no Puxadinho da Vila houve uma longa pausa e finalmente a festa foi retomada em 2016, dessa vez na casa de espetáculos Mundo Pensante, um dos principais points alternativos da cidade onde reside até hoje. De lá para cá foram mais de 100 eventos, entre festas oficiais, edições em espaços alternativos e convites para eventos em todo o Brasil.
Indicada ao prêmio de Melhor Festa do Ano pelo Guia da Folha de São Paulo em 2017 e 2018, a Je Treme Mon Amour conquistou um público cativo na cidade e o carinho de fãs até em outras cidades. Recebeu convites e se apresentou em Fortaleza, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Goiânia, Belém do Pará, Alter do Chão e Recife.
Dentre as dezenas de artistas convidados que passaram pelo palco da festa destaques para: Gaby Amarantos, Jaloo, Dona Onete, Felipe Cordeiro, Gang do Eletro, Mc Tha, Pinduca, Banda Carrapicho, Omulu, Academia da Berlinda, Figueroas, Mc Dourado e Dj Meury.
Ainda tivemos algumas edições memoráveis como o Paredão da Je Treme na Virada Cultural 2019, SP na Rua a convite da Secretaria de Cultura de São Paulo em 2018, Sextou na Praça evento no Vale do Anhangabaú 2019, festa de encerramento do MIT-SP 2018/2019, Carnaval Jambu no Sesc Vila Mariana 2018, SIM São Paulo – Noite Se Rasgum 2017/2018/2019, Noite no Norte – Virada Cultural Sesc do Carmo 2019, Satyrianas 2017 no Teatro de Contêiner, Walking Parade SP 2019, Lançamento do Disco Rebujo de Dona Onete no Cine Jóia 2019.
Além da parceria com diversas festas de todo o Brasil, entre elas Batekoo, Pilantragi, Xêpa, Transpira, Free Beats, Samba do Sol, Festa Mel, Realce, Pardieiro, Heavy Brega, Catuaba, Catiguria, Lambateria, Sudaka, Noite Picotera, etc.
SOBRE O COLETIVO
DJ TIDE: Paulistano nascido na ZL o produtor e Dj Tide é um apaixonado pela cultura periférica do Brasil e do mundo. Com trânsito garantido nas cenas efervescentes da Bahia, Pará, Rio e São Paulo foi convidado a produzir remixes e faixas musicais para artistas como Baianasystem, Gaby Amarantos, Felipe Cordeiro, Barbara Eugênia, Mc Tha, Samba de Coco Raízes de Arcoverde e Leandro Lehart (Art Popular).
De sua investigação mais aprofundada nos elementos da cultura popular de massa como: Pagode, axé, arrocha e brega surgem criações híbridas como o ELETROPAGODE, o ARROCHA DUB e o BREGASTEP presentes em sets, mixtapes e programas de rádio nacionais e internacionais.
DJ MADRUGA
(Ricardo Venturini) é empresário e sócio da renomada casa de shows Mundo Pensante em São Paulo e promove shows, apresentações, workshops e palestras voltados principalmente para a cultura brasileira. Criou a festa Kandonghê especializada em ritmos africanos e é um dos grandes apaixonados pela da cultura paraense. Com suas habilidades na coquetelaria desenvolveu a borrifada de jambu, uma das grandes atrações da festa Je Treme.
DJ ZALMA
Natural de recife e sendo assim, sua pesquisa musical tem cheiro de rio, de mar, de tira-gosto com uma le petit blanche numa mesa de pega-bebo. Trazendo no seu balaio muita música de recife (brega & forró) e suas conexões com o terceiro mundo. Alem de dj, foi responsável pela criação de vários eventos, tanto na cidade de São Paulo, como em Recife.
DJ BRAZOOK
Natural do Capão Redondo, extremo sul paulistano, a DJ e produtora musical Carolina Ribeiro começou sua atividade em 2017, adotou o nome de Brazook e hoje atua em muitas festas de segmento diverso por toda a cidade. Suas colaborações tem nomes como MASP, MC Tha e Pabllo Vittar.
DJ ZEK PICOTEIRO
Produtor cultural, publicitário e DJ desde 2015. Já trabalhou com Dona Onete, Strobo, Felipe Cordeiro, Molho Negro e Gang do Eletro. Zek Nascimento é um apaixonado pela música paraense e agora está esquentando as pistas de Belém botando no play todas as vertentes e influências do brega, passando pelo tecno, melody, cumbia, lambada, merengue, carimbó entre outros. Atualmente, Zek é o Dj residente da Lambateria, festa semanal de Félix Robatto, e também realiza a festa Batikabum, voltada para sonoridades emergentes.
Já discotecou em diversas casas de Belém, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia e Brasília. Além de fazer festivais como Lambateria, Se Rasgum, Psica, Sonido e oi convidado para se apresentar na última edição brasileira do Rock in Rio, no palco formando por cerca de 20 aristas paraenses realizado pela Natura Musical.
A proposta sonora de Zek é baseada na música paraense, desde as suas origens e influências até a música contemporânea produzida no Pará e nas outras periferias do mundo. Seus sets fazem um passeio pelo Caribe, América Latina, África e aportam na Amazônia como filtro principal.
MIXTAPE | SEXTA E SÁBADO | 22H
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