Pardieiro

PARDIEIRO – COLETIVO DE CULTURA DECOLONIAL
Em seus 8 anos de vida a Pardieiro realiza, desde o começo, atividades de forma colaborativa focadas em cultura heterogênea e popular brasileira cujo objetivo é pautar a descolonização cultural.
Em suas festas a música brasileira, em todas suas vertentes, é a protagonista. Misturando o cancioneiro tradicional as batidas e ritmos contemporâneos da musicalidade brasileira, as festas são sempre encontros de resgate à identidade em ambientes que favorecem a diversidade e a empatia através da música.
Ao longo dos anos, diversos shows importantes foram produzidos, tendo a honra de ter Elza Soares como madrinha do coletivo.
A Pardieiro surge da junção de duas forças artísticas. A primeira, da criação da pessoa jurídica feita em 2008 para inscrições em editais do coletivo de teatro experimental “Teatro Insano“ que Leandro Pardí fazia parte até 2011 e em paralelo a primeira festa criada por ele, a Chanchada que misturava ritmos pops conhecidos da cena lgbt com a música brasileira, esta segunda pouco explorada até então na cena em São Paulo.
No início de 2013 a partir da união destas duas forças surge a produtora Pardieiro com a premissa de criar um ambiente de valorização da cultura brasileira em seus projetos e realizar grandes bailes com 100% de de música brasileira em espaços onde a diversidade de públicos fosse prioridade.
Para um início marcante diversos artistas foram pensados até que em conversa com o colega Dj Muralha, chegou-se ao nome de Elza Soares que estava sem lançar nenhum projeto a alguns anos em uma fase menos movimentada de sua carreira.
A Pardieiro prontamente assumiu a ideia do projeto “A Voz e a Máquina“ onde Elza e o Dj Muralha sozinhos dominaram o palco da festa. Junto com um time de djs e amigos como o cineasta Daniel Ribeiro (diretor do longa “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho“) o lançamento foi épico e em grande estilo, tivemos a honra de repetir o encontro e show de Elza no final de 2018. O carinho pela madrinha é poderoso e eterno.
Alguns destaques de shows produzidos
O encontro com grandes artistas e a surpresa pela atração virou uma das marcas e anseios do público da festa. As histórias são muitas – Bloco do Silva, Dona Onete, Tiago Iorc, Fafá de Belém, Filipe Catto, entre muitos outros. Entre dezenas de apresentações produzidas ao longo destes anos, assim como Elza, algumas delas o coletivo teve a honra de repetir. Dentre estes repetecos destacamos aqui a grande Marina Lima que após apresentar clássicos de sua carreira na Pardieiro em 2014 se sentiu segura para retomar os shows e uma nova fase de apresentações de sua carreira. Pudemos vê-la novamente conosco 3 anos depois.
Infernynho com Marília Bessy e nosso grande divo Ney Matogrosso cantando clássicos como ‘não existe pecado do lado de baixo do equador“ e ‘’conga“ também fizemos repeteco com muita honra de fazermos, é um privilégio trabalhar com ney, sempre muito elegante e profissional. Johnny Hooker também, com toda entrega no palco.
Pudemos ainda fazer o primeiro grande show da carreira da Liniker o que nos deixa muito honrados e ainda chamar Paula Lima para participar.
Como último destaque, elencamos a montagem que fizemos em homenagem ao grande Belchior onde montamos um show desde os arranjos até a curadoria e nos emocionamos ao ver o resultado final honrando este grande artista com apresentações de Amelinha, Gero Camilo e Xênia França, São Yantó e muitos outros.
Ocupações
Em paralelo às produções de grandes shows, a Pardieiro também desenvolveu trabalhos em espaços da cidade e em parceria com outros coletivos atuantes nas pautas de direito à cidade e ocupação do espaço público.
A primeira atividade contou com dança afro, projeções em árvores e muita música para a abertura de uma exposição ao ar livre no minhocão em São Paulo em 2014 em plena Praça da República. Depois em 2015 participa da ocupação do bloco tarados ni voce no parque augusta. Leandro Pardí tem o privilégio e a exclusividade de levar um pouco da Pardieiro por duas ocasiões para a maior festa gratuita e aberta da capital paulista, o réveillon da Av. Paulista para cerca de 2 milhões de pessoas, quando foi dj convidado em 2017 e 2019 junto com diversas outras atrações. Além disso, a festa também já ocupou diversas vezes a Casa das Caldeiras, antigo casarão tombado na região da Casa Branca e as escadarias do Mirante 9 de Julho atrás do MASP. Saindo de São Paulo, o coletivo levou Johnny Hooker para o Largo Tereza Batista em Salvador.
Bloco Lua Vai
A partir de uma demanda do público frequentador da Pardieiro e de conversa com os amigos a ideia de criar um bloco que tivesse o pagode como foco surgiu em uma roda de bar no carnaval de 2016. Logo, os organizadores do coletivo convidaram e testaram algumas bandas até chegar em uma formação de músicos experientes para integrar a banda do bloco. Em outubro do mesmo ano, o bloco fez seu primeiro ensaio aberto na casa de shows Cine Joia em São Paulo com a presença de intérpretes de libra para tornar o show acessível.
A proposta original era homenagear os clássicos do pagode e do samba dos anos 90, ritmo popular e potencializador de despertar a memória afetiva em diversas gerações. No entanto, desde o início, houve uma preocupação de utilizar-se do potencial popular do bloco para tratar das pautas da diversidade como prioridades também, isto norteou toda a curadoria artística e conceitos de apresentações. O repertório é cuidadosamente pensado e adaptado muitas vezes para não reproduzirmos conceitos machistas, típicos da época na qual as músicas foram produzidas. “Bombocado“ do Art Popular, “Cohab city“ do Netinho, “Mulheres“ de Martinho da Vila são alguns exemplos de músicas que sofreram adaptações ou são precedidas de textos contextualizando-as para as novas posturas sociais atuais. O bloco é atualmente um dos megablocos de São Paulo com cerca de 200 mil foliões.
Integrantes

Leandro Pardí foi coordenador de difusão cultural da Cinemateca Brasileira e dirige o coletivo Pardieiro Cultural. Desenvolve atividades nas áreas de gestão e curadoria cultural a mais de 15 anos.
Como pesquisador musical se apresentou nas principais casas noturnas de São Paulo, levou a Pardieiro para o Pelourinho e tocou por duas ocasiões no Reveillon da Avenida Paulista para milhões de pessoas.

Soteropolitana, preta, produtora cultural e audiovisual e DJ.
Brenda Ramos mora em São Paulo desde 2013. Iniciou na produção cultural em 2014, em parceria com Leandro Pardí, estando à frente de projetos como a Pardieiro Cultural e o Bloco Lua Vai, além da produção coletiva com o Bloco Domingo Ela Não Vai da festa Queermesse que levou cerca de 100 mil pessoas durante a programação na virada cultural SP 2018 e 2019.
Estreou como dj em 2016, passando por grandes casas que movimentam a noite paulistana. Foi atração do Festival de Inverno de Paranapiacaba de 2016 compondo a programação do Sesc Santo André. Na Virada Cultural de 2018 tocou no palco dedicado aos anos 90 representando o Bloco Lua Vai. Em 2019 foi uma das atrações do palco São João x Ipiranga no Aniversário de São Paulo e na Virada Cultural deste ano discotecou no evento Vale a Pena Ouvir de Novo do Sesc Av. Paulista.

Vitor Hugo é cantor, compositor e bailarino paulistano.
Iniciou-se na música em 2015, quando criou, em parceria com a baixista Ana Karina Sebastião seu primeiro show autoral com o título de Urbanú. Circulou durante 2 anos por casas importantes de São Paulo e Rio de Janeiro, dividindo o palco com artistas como Anelis Assumpção, Alzira Espíndola, Dani Black, As Bahias e a Cozinha Mineira, Leci Brandão, dentre outros. Em 2017, gravou seu EP-Visual de estréia homônimo (o Urbanú), produzido pelo renomado músico e produtor Curumin no Estúdio Diorama, lançado em abril de 2019.
Tornou-se vocalista do Bloco Lua Vai, em 2016, a partir de um convite do produtor cultural Leandro Pardi. Com um repertório que abrange os sucessos dos pagodes dos anos 90, levando em média 300 mil pessoas por desfile no carnaval.
DJs parceiros

Dj Evelyn Cristina compila seus sets com sonoridades que vão além do entretenimento. Em uma interatividade rítmica, música e memória proporcionam o encontro de várias gerações em um diáologo de ritmos afetivos com reflexões etnomusicais – em um passeio harmônico desde o lounge, nu-jazz, indie, da soul music à eletro bossa, pelos nossos sambas, maracatu e a força do afrobeat.
Além de sua potente presença enquanto DJ que atravessa a pratica do playlist, seus samples mixam um repertório eclético atualizado da música de todos os tempos, numa perspectiva de Brasil para os outros oceanos do mundo.
Como DJ, além das pistas, Evelyn Cristina é atriz atua como produtora de trilhas para vídeos, espetáculos teatrais, dança e intervenções multimídia.

Lia Macedo começou a tocar em pistas alternativas de festas de música eletrônica, onde já inseria a Música Popular Brasileira no repertório. A partir daí apaixonou-se cada vez mais pela música e passou a tocar em festas em todo Brasil.
Seus sets ecléticos misturam sambas e suas vertentes, música regional , grooves e afins. A ideia é promover uma viagem dançante e eclética.
Já passou por festas e festivais como: Pilantragi, Vou chamar o Sindico, Pardieiro, Universo Paralello (BA), Xyryry Kuaray, Earthdance, Burning Man, Viradas Culturais, SP na Rua, Primavera eu te amo, Zaragata, Samba do Sol, SPFW, etc

Educador, produtor cultural e pesquisador musical. Paulistano, começou a fazer mixtapes e sonorizar diferentes eventos e espaços em 2017, entre pistas de dança até exposições artísticas.
MIXTAPE | SEXTA E SÁBADO | 22H

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